domingo, 13 de novembro de 2011

Dança dos Mortos


    Entre os mortos estou caminhando, pela luz da lua, caminho olhando tumulo por tumulo, andando lentamente procurando o tumulo de minha amada que não encontrei em vida.
   Sutilmente canto no meio da floresta, seguindo pelos túmulos sem medo ou apreensão, pois logo meus pés cansados poderão parar de caminhar, pois poderei me sentar em seu tumulo e mais uma vez minhas lagrimas descarregar.
   Eu sei que posso não ter sido o que você esperou, mas juro que dei o melhor de mim para te fazer feliz, agora tudo que me resta, é nossa foto de quando éramos crianças, e a lembranças de nossos corpos juntos e suados numa noite como essa.
 Os perfumes mais sinceros das flores mais belas que você tanto adorava hoje, somente as pétalas caem sobre seu tumulo a cada noite, peço desculpas por ainda não ter conseguido me despedir, enquanto eu não tiver forças para lhe deixar, noite após noite eu voltarei para sentir sua presença, o cheiro que me lembra você em vida, enquanto meu coração chamar seu nome, enquanto em minha memória tocar a doce melodia da sua voz, humildemente eu estarei aqui noite após noite a dançar entre os mortos.

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