Caminhando cegamente por uma estrada perdida no meio do
nada, sonhando abaixo das estrelas, acordado acima da terra seca, de olhos
fechados lembro-me dos lugares que deveria ter esquecido.
Abaixo daquela velha
árvore vejo um bom lugar para dormir, ali encosto-me ao velho tronco, acendo
uma pequena fogueira olhando ao velho relógio que achei noite passada adormeço
lembrando do meu passado vivido de esperança que abandonei para viver na
escuridão do meu destino.
Meus sentimentos eu
fiz questão de abandonar, não me lembro quando foi a ultima vez que pude olhar
nos olhos de alguém e dizer “eu te amo” com sinceridade, acho que nunca disse
isso com sinceridade, talvez aquela garota da escola seja quem mais se
aproximou de ter meu amor sincero... Pena que ela nunca saberá disso.
Finalmente acordo,
manhã cinzenta, fogueira apagada, estrada deserta, mato amassado, continuo a
caminhar abandonando tudo, inclusive o ultimo sentimento que tinha em forma do
nome daquela garota que deixo gravado naquela velha árvore.