Em seus olhos eu via
um pedaço da noite que eu jamais vi, em sua respiração sentia a brisa que nunca
senti, em sua boca o mel que nunca provei, em seu sorriso um brilho ofuscante que
nem mesmo o diamante tem.
Por que tinha de
acabar assim? Tão jovem e não esta mais aqui, por que se foi tão cedo? Não tive
tempo nem de me despedir, tenho tanto medo, meu espírito ainda não aceitou, me
desculpe, mas seu tumulo eu ainda nunca vi, não tive coragem não sei como agir.
É tão difícil estar
aqui, tomando vinho na frente de uma lareira chorando sobre seu retrato
enquanto a chuva cai na noite fria.
Volto a caminhar
sozinho e sem direção, essa chuva não é tão fria assim comparada com meu coração,
tenho medo, muito medo de voltar lá. Ainda não como vou reagir, sempre achei
que seria no altar que eu te veria junto às flores que você tanto gostava.
Pela primeira vez
consigo vir aqui, me surpreendo ao ver seu tumulo, caminho devagar e com
dificuldades até ele, agora coberto de folhas secas e de flores banhadas com
minhas lagrimas misturadas ao vinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário