É o fim, é o fim de tudo que conheço, nunca mais verei
aquelas crianças se sujando brincando no
barro, ou correndo atrás de uma bola, simplesmente vejo as lagrimas deixadas no
asfalto gelado.
Aquelas flores ao chão não sei como chegaram ali, e me surpreende
ainda estarem ali, naquela parede existe tinta misturada a sangue do jovem
casal ali separados, logo a frente o parque abandonado da escola em ruínas aonde
estudei e ao lado um lugar familiar, era ali que costumava brincar quando
criança, meu sorriso demonstra as belas memórias que infelizmente logo mais irão
se apagar.
Subo aquela enorme montanha, aonde cada passo eu vejo o
rosto alguém que já se foi e daqueles que deixarei, será que foi aqui que eu os
esqueci? Ou é aqui que eu devo me lembrar?
Finalmente chego ao topo, eu me lembro daqui já estive aqui,
vejo a bandeira de trapo que deixei aqui quando criança, fico surpreso de ainda
estar aqui, fecho meus olhos feliz abro meus braços e solto meu corpo em direção
ao nada, sem preocupações, sem reclamações sem receio, em uma queda onde o
vento purifica-me das memórias impuras, em uma queda onde sei que irei
adormecer, as memórias vem a tona, é infelizmente não pude me despedir de todos
porem sei que eles irão me perdoar, porem quando eu adormecer em meus sonhos eu
irei os encontrar, desta vez sem preocupações pois será o sonho perfeito, o
sonho que jamais irei acordar.
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