segunda-feira, 23 de abril de 2012

Orações e Rosas Negras



É o fim, é o fim de tudo que conheço, nunca mais verei aquelas crianças se sujando  brincando no barro, ou correndo atrás de uma bola, simplesmente vejo as lagrimas deixadas no asfalto gelado.
Aquelas flores ao chão não sei como chegaram ali, e me surpreende ainda estarem ali, naquela parede existe tinta misturada a sangue do jovem casal ali separados, logo a frente o parque abandonado da escola em ruínas aonde estudei e ao lado um lugar familiar, era ali que costumava brincar quando criança, meu sorriso demonstra as belas memórias que infelizmente logo mais irão se apagar.
Subo aquela enorme montanha, aonde cada passo eu vejo o rosto alguém que já se foi e daqueles que deixarei, será que foi aqui que eu os esqueci? Ou é aqui que eu devo me lembrar?
Finalmente chego ao topo, eu me lembro daqui já estive aqui, vejo a bandeira de trapo que deixei aqui quando criança, fico surpreso de ainda estar aqui, fecho meus olhos feliz abro meus braços e solto meu corpo em direção ao nada, sem preocupações, sem reclamações sem receio, em uma queda onde o vento purifica-me das memórias impuras, em uma queda onde sei que irei adormecer, as memórias vem a tona, é infelizmente não pude me despedir de todos porem sei que eles irão me perdoar, porem quando eu adormecer em meus sonhos eu irei os encontrar, desta vez sem preocupações pois será o sonho perfeito, o sonho que jamais irei acordar.

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