sexta-feira, 27 de abril de 2012

Em caminho do nada



Caminhando cegamente por uma estrada perdida no meio do nada, sonhando abaixo das estrelas, acordado acima da terra seca, de olhos fechados lembro-me dos lugares que deveria ter esquecido.
 Abaixo daquela velha árvore vejo um bom lugar para dormir, ali encosto-me ao velho tronco, acendo uma pequena fogueira olhando ao velho relógio que achei noite passada adormeço lembrando do meu passado vivido de esperança que abandonei para viver na escuridão do meu destino.
 Meus sentimentos eu fiz questão de abandonar, não me lembro quando foi a ultima vez que pude olhar nos olhos de alguém e dizer “eu te amo” com sinceridade, acho que nunca disse isso com sinceridade, talvez aquela garota da escola seja quem mais se aproximou de ter meu amor sincero... Pena que ela nunca saberá disso.
 Finalmente acordo, manhã cinzenta, fogueira apagada, estrada deserta, mato amassado, continuo a caminhar abandonando tudo, inclusive o ultimo sentimento que tinha em forma do nome daquela garota que deixo gravado naquela velha árvore.

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